sábado, 28 de junho de 2008

para outrora

sentimentos ameaçadores
palavras vingativas
de onde e para quê?
quem resolveu tomar iniciativas?

poucas palavras, ando dizendo muito
observo o ao redor
resguardando o anterior
fumegando o posterior, almejando o seguinte a este

respostas?
quais seriam necessárias?
para quem sabe não há
mas valerá a pena sim

lembrarei de tudo e todos
alguns com verdade, outros com memórias
memórias, datas por chegar
não esqueço o que foi dito

será lembrado, por uma vez
será então para todo o sempre
mas nem sempre somos por tanto tempo
o há de se fazer... nadar!

indo contra a correnteza, fácil dizer
tenho tudo numa caixa
milimétricamente pronto para o seu uso
por isso não imaginava

ainda bem então que não fui
o que teria sido se figurasse minha presença
haveria tal coragem para palavras assim
iria manter firme a posição e a crença

deixa
não me lembro do horário, um relapso
um sono me pega em colo
repouso menosprezando seu descaso
perceba, estou ainda em atraso

belo não é?
leve um para você, lhe presenteio
guardo medos em suas expectativas
meu nome será dito durante seus anseios

quarta-feira, 25 de junho de 2008

o meu código

em livros os tais códigos que defendem a moral
banal
resumem o caminhar de todo um povo de forma geral
imoral
é uma lei cada versos que escrevo e dou como resposta
sentimental

terça-feira, 17 de junho de 2008

não sei de sonhos

tu me diz de cálculos,
logo os matemáticos

transgredindo versos a números numa métrica pavorosa
conteúdo, mesmo que sujo, o absurdo, reluto, corajosa

me responda de sua lei,
desta antes não perguntei

pela falta de curiosidade talvez não quis saber
por onde, respingos da fonte, corrompe, merecer

quarta-feira, 11 de junho de 2008

solo arado

deixe que caia as sementes, regue e veremos brotar os frutos
frases que nascem nas mentes, ao fim da estação só resta os murmurros
do vento que sopra trazendo versos, palavras que as vezes não entendo
de tortuosos a caminhos retos, da nuvem sombra desse é o alento

domingo, 8 de junho de 2008

aquela presença

que tenho há presença
ondas que chocam-se no peito tremulando a flâmula
ressoando pelo infinito

que tenho há presença
no toque de cordas a carne
a diferenças pela implicância
dadas a esta à nuância

que tenho há presença
passos curtos sem saudade
conforme manda o par e não à música
a brisa é a poeira que me assusta

que tenho há presença, drama, solenidade, festejo, carinho, cuidado e tudo que possa ouvir
não deixe cair

quarta-feira, 4 de junho de 2008

só e somente

só, somente, saturada imagem que me revela o som
só, somente, onisciência em demazeio trás o bom
só, somente, de todos ao nú, de todos manejo o dom
só, somente, a procura de um momento mesmo que sem ou com

terça-feira, 3 de junho de 2008

atendendo ao chamado

presença
de olhos abertos, sonhando acordado, mirando estrelas sob o teto, entendendo a diferença

eminência
olhando adiante, progredindo no caminho, à luz do sol ou lua pensante, apenas a sentença

olhares
perseguem tentando identificar, como pode, aos que não sabem respeitar, me são familiares

passagens
abertas nesta tragetória, tragédia ocorre, anotando passos desta história, pela coragem

segunda-feira, 2 de junho de 2008

tal incomôdo

do silêncio que é incomôdo

aquele mesmo que é quebrado por um sorriso

sorrio e o culpado por isso aponto

denunciando de qual corpo emana o tal grito



gostoso de escutar, dê-me mais

incomode-me bastante com estas gargalhadas

não deixe de sonhar, vejo sinais

me incomoda quando não faz do sorriso palavras

o som de lá

um som ecoa em mente, mentalizando, sobrescrevendo
a visão que ascende, buscando, entendendo

o exato momento do colapso, gosto de saliva
o ato condizente do esapço, lisura de língua

vai de quina ao chão, ressoando, aparecendo
descubro qual é o som então, olhando, querendo