quarta-feira, 30 de setembro de 2009

o teu receio

ler calado os teus brados
a brisa noturna reparo
importuno meus desejos
buscam formas de longe
como ofender teu nome

o que dizemos
nem sempre é
o que pensamos

mas o que pensamos
é sempre o que
queremos dizer

domingo, 27 de setembro de 2009

reflexões e dúvidas

até que esteja despida
e cubra-se novamente
frente aos meus olhos
maquiavélicos e dramáticos

descontos sobre a vida
reticência permanente
cansados e expostos
me enganar é o trato

o teu céu desaba sobre si
fala de coisas que fiz
atrás está a sombra do giz
a intenção do que você sempre quis

rende-se na capacidade
gosta de mentir e ouvi-lás
o jogo de sua serenidade
convenço-te com suas palavras

terça-feira, 15 de setembro de 2009

enganos preocupados

é de um ar infantil
inocência que resume às falas
te busco o nome nas nuvens
diga-me quais são suas palavras

não lhe deixo ir, mas vai
lembro de ter visto semelhante
chore a mim essas lágrimas
deixe que dure ao menos o instante

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

não tem mais volta

o tempo atrás do tempo
ponteiros na corrida do desespero
o tempo do folêgo ao mergulhar
obter, receber, devolver, conquistar

do mero abraço que encerra a solidão
muita riqueza, vem junto com muita decepção
um beijo na boca, na testa, outro no nariz
revela o gesto tudo o que não se diz

o teu silêncio quer me perturbar
minhas brincadeiras para lhe menosprezar
teu tom seco feito ar de verão
me biliscou, num sonho lá no sertão

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

o seu stresse

e é divertido para ti
já que sempre estou aqui
para brilhar os olhos na escuridão
quando lhe digo o simples "oi paixão"

um suspirar de leve sorriso
de um momento com poucos motivos
atordoada em não sentir
algo que lhe faça sorrir

o teus dias ruins esquecidos
mensagens que o estão diluindo
logo então pensas a cada hora
e é por isso que não irá embora