sexta-feira, 31 de julho de 2009

irônica palavra

porque nada expressa a verdade
e molda o amor como ele
sua fúria, ira, dizeres, o ataque
brotando bem de dentro dele

ficar perto de mim é pouco para você
deseja avançar, em direção do seu porquê
quer estar dentro, consumir, corpo e carne
o cheiro, sabor, praticar tudo que sabe

do ínicio, sua ironia, minhas palavras
lhe aponto se necessário suas falhas
mas de mim nada conseguirá esconder
seu corpo obedece ao meu querer

vulgar
tudo que lhe é lógico
sentimento
tudo vem de seu ódio

teu sexo anal

curiosidades sobre o teu sexo
bato nessa tecla, me diga eu peço
pervercidade que não me parecia
admirei pois nunca imaginaria

aparências servem para enganar
limito-me a muito fazer, pouco a falar
desobedeço o ensimentos de valor a carne
corto-lhe o coração, me peça que pare

lhe tenho vulgaridades, gosto, é bom
preceito de ruim, gemidos em teu tom
serás aos meus olhos o que creio ser
banal, vulgar, sensual, deixe-me ver

a carne que morre e apodrece
o seu traço que logo se esquece
já o tal sentimento guardamos com nós
pois esse nunca nos deixará a sós

quarta-feira, 29 de julho de 2009

abraço

corpos quentes, colado um n'outro
sentindo todas as nuances do corpo
os seios teus tocam firmes meu peito
de encontro esbarra num gostoso aperto

pelo meu tórax a sua expansão
pescoços entrelaçando-se a união
minhas mão curvam insinuantemente
pelas curvas de sua cintura

tocando a primeira vértebra de sua coluna
o frio escalando em seu querer
imaginando o que essas mãos irão fazer
o seu desejo não é um mistério

ao mesmo tempo do "não quero"
enquanto meu corpo aquece o seu
no ataque do seu aquece o meu

fruto da sua imaginação
arrepio de sua sensação
lhe traz junto a tranquilidade
pode lhe encher de tesão

aproveite, não tome cuidado
um abraço

sexta-feira, 24 de julho de 2009

você lá, eu aqui

nada definido, sempre em mudança... me dê um pouco de sua voz!
essa distância corta meu coração e atiça minha alma... porquê?
me incomoda ter essa falsa esperança... acompanhado de nós!
saber que aí está e me olha mas não me fala... a quem querer?

insistente que sou
todo a mim povoou
do pouco que sobrou
pensarei é o que me restou

desgastado com suas mentiras
flagelos que fingi ter
me vê as escondidas, tens o prazer
de me ver sofrer, inrrustidas
não lhe digo o que gostas de saber

quarta-feira, 22 de julho de 2009

cadeia

não me vendas
desculpe este meu comportamento estranho
volto ao assunto que não atentas
deixe-me ser digno desse ledo engano

deixa-me menina?
permita que possamos sim gostar
ter de tu teus pesares menina!
peço-te que me possa confiar

mesmo que não te confies
não me afirmes nunca
e já que não pediras
talvez o tempo muda

deixa-me menina?
saborear sua palavra aberta
dê-me menina?
o ingresso dessa tragédia

segunda-feira, 20 de julho de 2009

essa distância

me faça rir, ver-te a face
não posso, em plano papel
arrasador, corta-me quase
faz-me ser um tanto cruel

lhe presenteio dúvidas
dos fatos questões dúbias
ter respostas tão lúcidas
à distância que encurtas

não são pois tão curtas
que meu peito não possa cortar
me enfeitiça como bruxas
conseguiria tu assim suportar?

brilha ao seus olhos o jogo
que gostas de jogar
ve sim é algo que lhe mostra novo
que lhe deixa por empolgar

tédio, vazio do peito, esperança
as lágrimas que então escorrem
não padece toda aquela chama
dos que de sagacidade não desfrutem

terça-feira, 14 de julho de 2009

a fada

sua face descoberta
ainda por ser descoberta
num mantro misterioso
esconder de quem peça

não há mistério num rosto não revelado
que um olhar não possa superar
já que não tenha ainda se aproximado
para aos ouvidos me soprar

te afirmo perguntas
querendo convicção
se não tem as muitas
conte-me o pouco então

alumiante a sua face
cravada em papel
faço o que é de praxe
mostro primeiro o céu

do que possa me interessar
uma boca, um olhar
dos que posso ter
teu corpo? o tempo dirá mais o quê

quarta-feira, 8 de julho de 2009

cobertor gelado

mórbido, porém não sórdido
não viável para as vias nasais
o cheiro de vingança, puro ódio
não mais abençoado que meros seres irracionais

frio, alfineta fina pele
acomodando presença de quem me tocas
que me julga quando de costas
o que sobra, quem tocou não esquece