quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

escorre pelo meu peito

não sei como lhe referir gratidão
não conheço forma para falar
talvez não saber como explicar
é o castigo que merece o coração

desce suave por todo peito
com um peso de se espantar
o desejo de poder conquistar
descanso no calor de seus seios

embebido em nostalgia
com raizes de carinho
fui provar dessa malícia
mas esse sabor me vicia

deixe... então
como... está
pois... senão
alguém vai se machucar

não sei como lhe agradecer
fui ler de poetas que falaram
a palavra difícil de se entender
não como seus atos que me conquistaram

aflito fico quieto por aqui
invento desculpas para não lhe chamar
enquanto o amargo corta a garganta
sua doce voz não quero escutar

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

o beijo

boca
saliva
o meu desejo
o seu sabor
peço-te que parta e deseje voltar
ao conforto do encontro com o teor do quem
fique por lá
venha em minha direção
boca
saliva

sábado, 7 de fevereiro de 2009

e a saudade?

aquela que bate ao peito
diretamente no interno
ou mesmo que sem jeito
atento ao poder alheio

sempre cúmplice da distância
mas não porque quero
o ato de mais pura relevância
derivado de minha ignorância

toda assistida pela esperança
em pose de foto num terno
finjo estar então na elegância
"sinhôzin", mantenha-me na tolerância

pois pulsa sim o que não esbravejo
sinto que na veia passa reto
acumulando sujeira em meus anseios
sou escravo da saudade, e sem medo