sexta-feira, 9 de outubro de 2009

dado e tomado

te vejo como quero
no passo que te peço
te deixo só, fico solto
viro meus olhos
me concentro noutro

assuntos permanecem
estudos que florescem
o labirinto de sua certeza
os nossos jogos
me fornece sua fraqueza

e volta galopante
te meço um instante
dizes e o que diz
são seus focos
quem pediu logo quis

entendeu certo
mas ei de mentir
há alguém boquiaberto
novamente lhe convenci
fazer teus gostos tão duvidosos
convença-te a ti será do meu ócio

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

diante sono

me rasga a face
frente ao espelho
despojado calafrio
lhe vejo de joelhos

incômodos dizeres
presença temporária
tenho o que quero
não lhe tenho mais graça

da janela que olhas
o que queres ver
tudo que tens
todos irei ter

troque essas cordas
dê-me para afinar
lhe deixo a dormir
para a melodia tocar