segunda-feira, 31 de março de 2008

vais dizer ao mundo todo?

vais dizer ao mundo todo?
detalhes absurdos que nos cercam!
vais dizer ao mundo todo?
lembranças que só a nós sobram!

dando a eles o poder da interpretação
fazendo distorcida estas paginas
sobre o livro que de quina bate em chão
colorindo todas àquelas lástimas

escapando a furiosos olhares
poluindo a mente dos transeuntes
pelas diferenças entre as faces
tão distinguíveis a peixes em cardumes

vais dizer ao mundo todo?
detalhes deste dramático conto!
vais dizer ao mundo todo?
lembranças de um tempo já longo!

domingo, 30 de março de 2008

durante a chuva

espaço vazio, lugar ocioso
ato ilícito, ideal perigoso
o corpo macio, realmente vistoso
comum é aquilo, sempre ditoso, venturoso

ouço enquanto toca sabendo o sujeito
não digo nada e nego em buscar pretexto
durmo e não penso, sei que não falei
sabe sim mas não fala, pois não fui então não voltei

o horário comercial, desculpa esfarrapada
aquelas curvas que fazem tampando sua cara
notei sempre e não saem do meu pensamento
mas mesmo assim busco e por isso atento

quem sabe um dia consiga ver aquilo tudo que queria
algo que responda por tudo que me dizia
estou andando rápido demais para você?
não é pergunta que se faça, mas precisamos nos esconder

quinta-feira, 27 de março de 2008

das palavras

das palavras que tenho, qual é bem-vinda
de quais palavras, quantas caberiam a você
vista-se em frases, não as despejei ainda
o lucro do fim, lhe gera o tal porque

estou perto de qual movimento que seja
qualquer que seja, como o olhar do cão
agredido lhe marca a face, daí então brameja
buscando vingança por sua tenra solidão

não preocupe-se com tediosos choramingos
pois da pragmática verdade sou procedente
solúvel para sua necessidade, os amigos
instantâneo nem sempre, porém sempre presente

segunda-feira, 24 de março de 2008

venha que vou

esperando em portas, locais diferentes
serás bem-vindo, lhe espera o fraterno
encoste aí tuas costas, afagos persistentes
lave-te pés ao carinho, como penso e espero

venha que eu vou, tentamos progredir
como o vento, fazendo caminhos tortuosos
sendo que e ou ou, estará sempre aqui
sorria fazendo, aqueles afeiçoos mimosos

sábado, 22 de março de 2008

por tempo

é algo que pensa
mas não sabe o porque
como juiz dita a sentença
com um mero dizer

acolhedor percebo a saudade
como fosse a multidão
em puro estado de calamidade
todos em um, tomam a grande união

jogue-o ao mundo e cuidarei
primordial é estar bem
não esperou pelo que falei
foi em jornada mesmo sem

intrujão nessa história
são os primeiros capítulos
a quem já comemora
terá de vencer antes seus vícios

quarta-feira, 19 de março de 2008

nessa estação

minhas horas estão completamente confusas
acho que ainda estou em horário de verão

no outono o que nos cerca são folhas mortas
nos levam os passáros e ficam sentimentos vãos

mais frágil que papel irão fácil se quebrar
os estralos ecoam e ouvirás as palavras da estação

não deixe para de palpitar
durma agora em paz e espere a próxima ligação

domingo, 16 de março de 2008

é bom odiar

quanto bom é poder odiar sem ter ressentimento
mesmo sendo por um momento
quanto bom é poder odiar e dizer e ser ouvido
mesmo sendo por um amigo

a marca que finca, fica, e fincada então fiquei
como pedra que muda mas não rapidamente
sem pressa vou seguindo porque ouvi e sei
um codinome de quinze páginas inconsequentes

fome de estar, fome de ser
ocupado para escutar, ocupado para dizer
pessoas vem, pessoas vão
mas pessoas nem sempre são

então fico para ser e assim vou preenchendo
sentimentos de um recalcado ciumento
escondendo marca em uma gostosa emoção
dois em um como numa vulgar promoção

sexta-feira, 14 de março de 2008

motivado

subindo em direção ao ponto confundido
lágrimas que escorrem de nuvens desesperadas
à água que escorre levando do sol seu brilho
escorado então num sorriso repleto de palavras

vamos em busca de um favor para o objetivo
reconhecido na multidão por faces alheias
que dão ha presentear mesmo o não decidido
discutindo os motivos que formam a barreira

ha então um engano ao medir o tempo restante
pensando em consequências se faz relutante
resolvendo ao fim amargar o tempo da espera
uma partida feliz e sem nenhuma pressa

dando as costas aos olhos que perseguem um rosto
perdido entre meios e cantos se faz jocoso
a inocência fragilizada meio aos lobos
um problema até encontrar afinação neste jogo

mesmo assim vive e não cai por terra
fazendo prosa enquanto ainda espera
me da alíbi e me cria assim motivação
pra ver as coisas como são

terça-feira, 11 de março de 2008

por enquanto

sim, é de silêncio que preencho o fato
bom, o gosto da bala que me foi oferecida
enquanto arrumava o cabelo bagunçado
enquanto aguardo por sua despedida

porém antes dou risada da piada da vida
momentos constrangedores não abalam
visado pelas gotas que lavam o corpo
procurando o escopo por qual escapam

deixa quieto, somente por enquanto
chamamos demais atenção pelo estranho

segunda-feira, 10 de março de 2008

não me entanda mau

o que eu sinto hein?
dúvido que saiba responde a essa questão
hoje viveria sem?
é assim que amolo esta sua insólida solidão

demorou mas chegou!
em uma interrupção mau pude lhe atender
saudade que pesou!
você não sabia e lhe dizia de forma a não entender

nada mais preciso falar
me entenda antes de questionar

quarta-feira, 5 de março de 2008

na conta

... imagino o preço da conta de telefone
mas do que vale o dinheiro contra teu nome
é carne contra aço, um muro de saudades
que entre risos e aflições constrói verdades

deixe-me tentar lembrar exatamente as palavras
esqueci, mas internas deixaram suas marcas
vivendo perigos te protejo contra todo esse furor
se tens mesmo a certeza, complete a frase por favor ...

domingo, 2 de março de 2008

no placar

num placar de futebol, o time do coração
um à zero e bate no peito já certa aflição
leio versos, de quem versa lembrando a mim
penso como é dificil e por quanto será assim

num placar de futebol, o time do coração
dois à zero ao final e já muda a sensação
além dos versos, o resultado que esta comigo
um à zero na presença, dois à zero ao amigo

esplendoroso

não me faço por sentir, o que é uma pena
enquanto desconfio escuto os sons de uma verdade
maravilhas acontecem, como o calor que faz transpirar
desfaço do meu para pegar o que você tem para respirar

notas musicais, talvez seja o esplendor do sol
numa escala, saltarei direto à última nota
tenho muita pressa para fazer algo em prol
desta história que vivida não cairá morta