sexta-feira, 4 de abril de 2008

na ribalta

estrelando no tédio dramático entre choros e discussões
na ribalta ditando destes dúbias canções
exercendo sua função e informando-me de cada passo seu
não serás por entendido o que se escreveu

na luz da noite, sua
uma agonia que perdura, crua
vindo para desolar, bruta
apreciando meus pormenores, cura

relativo e sempre vivente, dura
em percalços e entorses, luta
algo que dure para sempre, fuja
corpos frios sentimentos quentes, gula

deparando-se com os momentos prejudiciais e benevolentes
contrariando vorazmente amigos e parentes
quimicamente controlado dando a impressão errada do certo
sempre a espera dum sútil toque fraterno

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