segunda-feira, 28 de abril de 2008

sem cor, sem imagem, tudo!

melhor do que isso
garanto
é estar perdido na face
emaranhado

tanto que sempre friso
entanto
mantenho o adorável lace
criado

prefiro chegar por aqui despercebido e não visto na passagem
tentando fixar na mente este caminho não exibindo uma imagem

minha ternura

o caminho é longo, olhando pra frente seguiremos
vejo o passado em minha mente, jamais esquecendo
risos, choros, momentos, toques, e aí imaginemos
melhor que isso é sempre recordar aquele momento

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sinais em que!

sinais e definições sobre uma pauta qualquer
exclamações e interrogações querem dizer
por menor que seja segue-se o tanto que puder
quantos não sabem o que realmente fazer

muito bom para aqueles que pensam pouco
como lhe disse, afazeres que tentam definir
melodias densas que criam o ponto do estorvo
é melhor deixar-mos de lado e somente seguir

terça-feira, 22 de abril de 2008

olhos ao espelho

de frente ao espelho tentando desvendar
sua conhecida face que segredos se recheia
incógnita até mesmo à vista do teu olhar
ao fundo do globo vê-se então ao que espelha

notícias e especulações, o time e o resultado
sessões interligadas por genêros casuais
disparando socos até o chamado do cansaço
as melhores ocasiões julgadas como as mais banais

no toque não sentido brilha a morte das pétalas
renasce em ocasião hoje não mais propícia
representam nas cores das peles então gélidas
aguardando o momento que a torne felicita

quarta-feira, 16 de abril de 2008

feliz por isso

tristemente
vejo a partida
em movimento sinuoso
sério e sem olhar para trás

tristemente
colho a pista
de um segredo amoroso
que um dia fez e já não faz

segunda-feira, 14 de abril de 2008

na minha gaveta

sendo assim tão vulnerável
presto homenagem ao amável
conhecedor e de tal praticante
só saber não é o bastante

irá de aprender com o tempo
o que tenho a lhe oferecer
para então aprender é estar atento

utilidades a tudo é encontrado
do sórdido ao mau necessário
sendo tão insólido e desgastado

de encontros mesmo que esporádicos
fortalece os abalados sentimentos
aqueles que tenho em tons trágicos
bem guardados nas gavetas dos alentos

quinta-feira, 10 de abril de 2008

pelo telefone

toca o telefone, deixe-me antender
apesar de não gostar
desligo o telefone, antes irei dizer
virá alto valor de pagar

não trata-se de quantias
lembre-se que não quero te prejudicar
gosto de ouvir àquelas histerias
tenho que ir, está na hora de trabalhar

segunda-feira, 7 de abril de 2008

pobre estação

pobre estação, estação em colapso
feito o amante, com coração despedaçado
pobre estação, que sofre na aurora
sem nostalgia, sem palavras de outrora

pobre estação, estação de mentira
que na sua direção,foi por palavra ofendida
pobre estação, que mau chegou
mas já pedi sua ida porque falhou

pobre estação, ainda no esboço
tem seu nome, mas perde o seu corpo
pobre estação, perdida lá fora
com seu tempo chegado, mas sem sua hora

pobre estação, fruto de dúvida
segue-se a medida, ou vai a renúncia
pobre estação, ao léu no relento
com questões das quais eu não entendo

sexta-feira, 4 de abril de 2008

na ribalta

estrelando no tédio dramático entre choros e discussões
na ribalta ditando destes dúbias canções
exercendo sua função e informando-me de cada passo seu
não serás por entendido o que se escreveu

na luz da noite, sua
uma agonia que perdura, crua
vindo para desolar, bruta
apreciando meus pormenores, cura

relativo e sempre vivente, dura
em percalços e entorses, luta
algo que dure para sempre, fuja
corpos frios sentimentos quentes, gula

deparando-se com os momentos prejudiciais e benevolentes
contrariando vorazmente amigos e parentes
quimicamente controlado dando a impressão errada do certo
sempre a espera dum sútil toque fraterno