sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

passos contados

é soberbo como a mudança do tempo
de um vivido céu azul e sol brilhante
à cinza densidade de nuvens em tormento
como toque de mãos, à gota excitante

de sorrisos brotam a vida que se vive
no balançar das árvores pelo vento
numa macabra melodia que se forma no inverno
fazendo de minha vida um gostoso inferno

passos contados em minha direção
me negas teus olhos, porque visas o chão?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

pensando

pensando em mim, intermitente, voraz
não há mais medo, traga a pedra e trarei a estaca
pensando somente, intermitente, sagaz
corro o risco de perecer insentato por uma palavra

pensando em algo, contente, sútil
lembranças preenchem a ausência de corpos e massas
pensando em que, contente, fútil
digo por meus olhares o que não digo em minhas palavras

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

palavras ocas

o quê? quem? onde? quando?
a faça por silenciar
provoques minha ira buscando
terás recompensa no prazer de calar

cala-te, não ouse me questionar
estava brincando; deixar-te-ei falar
era um poço e na escuridão esperei
ressurja das cinzas que então direi

não irei preencher tuas palavras ocas
não jogue esta responsabilidade a mim
diga você e então pensarei em outras
creio certo em ser de formato assim

domingo, 24 de fevereiro de 2008

dois em um

em dois, presença
única, é a forma
não lembro por dito
marca o que sinto

talvez uma sobra
há esperança e ternura
já foi dito por muitos
não me sobra o que dizer

ainda falta algo e penso o que possa ser
sim, tentar-mos-ei de amigar as partes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

sabe que não sei

domingo, 17 de fevereiro de 2008

BUU!



a vida dos loucos, louca vida, vida louca
vivendo por certos momentos uma vida tão pouca
fui excluido na tentativa de permanecer são
um susto, nada mais que isso palpita forte em meu coração

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

de olhos fechados

transcrevo em versos o meu fascínio por tua carne

não há nada que me ameace

não existe hoje outono, inverno, primavera ou verão mas guardos

sentimentos em estado de apropriação



habite minha moradia mais profunda e verá


que não é necessário estar comigo


então assim você saberá


para me ver cerre seus olhos até o teu mais profundo abrigo


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

estarei aqui

são apenas palavras, não devemos esquecer
o que realmente importa irá permanecer
dores que trazem afeto
espero o dia para o seu resgate

afundado em machismo irei sim lhe buscar no colo
pedindo caricias e esperando que me tragas os copo
só não estou ao teu lado agora certo?
então não questione se estou me afastando pela fase

não me importa sobre mim, que desejos tenha
viva o momento que lhe darei a chave e a senha
não desligue mais e deixe dúvidas e medo pairando no ar
estarei aqui planejando seu futuro bem estar

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

é algo que declaro

é a nuvem, um ser, um indivíduo, algo qualquer

monta imagens que queremos ver a qualquer preço

preço caro, que divide o corpo entre razão e sentimento

um impecilho que irei resolver quando me completar

um objeto, talvez uma face, quem é que quer?

havia já visto mas desconhecia tal sujeito


é cem mais cem em soma e sem dividendo


queria saber o que falta para isso terminar

domingo, 3 de fevereiro de 2008

passagem do tempo

a busca por um tom
aprendi a não estar
não existe forma que defina sua figura

feito a ausência de som
nada a enxergar
sabe-se que somente que algo nos circula

um campo de ternura
não se deixe enganar
é como até o horizonte nuvens carregadas de chuva

não ha certa postura
tudo fala um brilho no olhar
mesmo que por estações, mas chega a felicidade bruta

conto o tempo a lembrar
que o passado se foi
restando uma esperança no futuro que logo virá

não vá se preocupar
um formado por dois
flores irão de colorir o dia que em pouco chegará

sábado, 2 de fevereiro de 2008

pôr ser

por estar em serenidade que permaneço
escuto passos ao bater dos corações
por nuvens cinzas vejo que a um preço
caro a se pagar para eternizar-se emoções

a tempo para espera e tempo para agir
lhe ofereço palavras e peço espere e ouça
é de sonhos que viveremos quando assim permitir
ha este nome em mente como em chuva a poça